Contrato de amistoso do Brasil no DF em 2008 tem 12 irregularidades, diz jornal

O amistoso da seleção brasileira contra Portugal realizado em novembro de 2008 em Brasília, na reinauguração do estádio Bezerrão, custou R$ 9 milhões aos cofres do Distrito Federal e ainda teve 12 irregularidades no contrato firmado com a empresa Alianto Marketing Ltda.

Segundo o jornal esportivo Lance!, o contrato firmado pelo então governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, e a empresa que tem como sócio o presidente do Barcelona Sandro Rosell, amigo do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, deixou de apresentar a comprovação de como se chegou ao valor de R$ 9 milhões a serem pagos à Alianto e também não constou uma planilha com gastos detalhados.

O Documento do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e da Procuradoria do Distrito Federal (PGDF) que a publicação teve acesso revelam que o processo de contratação da empresa seria juridicamente impossível da forma como foi apresentada.

O contrato do governo estadual com a Alianto foi firmado no dia 12 de novembro de 2008, apenas uma semana antes de a partida ser realizada, sendo que o evento já havia sido anunciado em setembro, mais de um mês antes. Para o MPDFT seria impossível contratar um jogo da seleção brasileira com apenas sete dias de antecedência.

No borderô da partida há gastos que pelo contrato deveriam ter sido bancados pela empresa e que não foram pagos por ela, como segurnça, ingressos, decoração, passagens e hospedagem.

A Procuradoria Geral do Distrito Federal revela ainda que o rombo aos cofres públicos poderia ser de R$ 18 milhões caso não fossem feitas exigências no contrato primeiramente apresentado pela Alianto e o governo, que teve de passar por alterações e ainda assim ficou irregular.