Desacordo financeiro resulta em negativa de Ganso ao projeto do Santos

22.10.10 | Marcadores:
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O Santos confiava na aceitação de Paulo Henrique Ganso ao mesmo projeto elaborado para convencer Neymar a ficar no clube. No entanto, os valores apresentados não seduziram o meia e seus representantes. A crença é de que Ganso pode obter lucros maiores, sem precisar da tutela santista.
A diretoria santista e o staff de Paulo Henrique Ganso batem cabeça com relação à divisão dos direitos de imagem estabelecidos contratualmente. Ambos os lados não apresentam provas, mas discordam das informações apresentadas.

O Grupo DIS se vê no direito de realizar qualquer ação de marketing com o jogador por garantir que o atleta detém os 100% dos direitos de imagem. Já o Santos rebate dizendo possuir a totalidade dos direitos, mas ter acordado verbalmente a divisão igualitária dos lucros em campanhas publicitárias.

Em campanhas recentes realizadas pessoalmente pelo meia, o Santos jamais lucrou. Já na venda de bonecos em miniaturas de Ganso, uma iniciativa promovida pelo clube, os lucros foram divididos.

"Existe uma exploração coletiva e outra particular. Nós temos a totalidade dos direitos Paulo", disse o diretor da DIS, Thiago Ferro, que embora faça a garantia reconheceu que parte do salário do jogador é pago em imagem.


O UOL Esporte ouviu responsáveis pelos dois lados na negociação. O Santos acredita ser financeiramente vantajoso para ambas as partes gerir a carreira do meia, e dividir lucros com a exposição de sua imagem. O staff de Ganso pensa diferente, e só considera o projeto rentável caso o valor fixado para ganhos mensais, cerca de R$ 275 mil, entre salário e direito de imagem, seja maior.

No acordo estabelecido com Neymar, o Santos assume o direito de realizar todas as ações publicitárias envolvendo o jogador, e fica com 30% dos lucros de cada campanha. Com Ganso, a proposta foi idêntica, mas recusada pelo fato de o jogador receber lucros significantes com ações programadas pelo seu staff.

“O cara não tem o direito de recusar? Fizemos uma contra-proposta e o Santos não aceitou. Não concordamos com o valor apresentado, salário e um adicional que é pela imagem. A gente queria um valor superior”, reconheceu Thiago Ferro, diretor de Grupo DIS, que agencia a carreira do jogador e detém 45% dos seus direitos econômicos.

O projeto apresentado pelo clube em pouco altera a validade contratual. O acordo vigente será expirado em fevereiro de 2015, dez meses antes do prazo estabelecido no vínculo proposto. A recusa de Ganso em nada interfere na meta traçada pelo alvinegro de não vendê-lo em caso de oferta inferior ao valor da multa rescisória, 50 milhões de euros (aproximadamente R$115 milhões), quantia considerada inibidora pelo próprio jogador.

“Temos o atual contrato em vigência e não foram aceitas as reformulações. O Ganso tem um comportamento irretocável, mas seus representastes tomaram essa decisão que no nosso entender só o prejudica”, disse o diretor de futebol do alvinegro, Pedro Luiz Nunes Conceição.

Sem a aceitação do projeto, Paulo Henrique Ganso vai seguir com a carreira gerida por profissionais que o acompanham desde o início do ano passado, quando a DIS tomou posse de parte dos seus direitos federativos. O salário de cerca de R$ 130 mil seguirá inalterado. Para o jogador, fica a confiança de que os ganhos mensais serão bem maiores com a comercialização de sua própria imagem. Ao Santos, resta se contentar com o fato de poder explorar apenas o talento do meia com a bola nos pés.

“A imagem do Ganso é forte. Só que o perfil dele é oposto ao do Neymar. Tínhamos planos elaborados de acordo com suas características pessoais. Não gosto de falar sobre valores, mas futuramente ele lucraria tanto quanto o Neymar”, garantiu Pedro Luiz.

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