São Paulo prioriza clássico antes da Libertadores e ignora crise rival

A maior ambição do São Paulo é conquistar a Copa Libertadores pela quarta vez, e na quinta-feira, dia 25, acontece o segundo jogo pelo Grupo 2 – o time tricolor viaja à Colômbia para encarar o Once Caldas. Antes, porém, o foco está no clássico de domingo contra o Palmeiras pela décima rodada do Campeonato Paulista, a partir das 17h, no Palestra Itália.

Os jogadores e Ricardo Gomes minimizam a crise do rival alviverde, que demitiu o técnico Muricy Ramalho após a goleada por 4 a 1 para o São Caetano. Eles acreditam que o ambiente conturbado do inimigo não terá interferência em campo.

“O Palmeiras é um bom time, e esse último resultado não é representativo, foi um acidente”, opinou Gomes, após o triunfo por 3 a 1 sobre o Grêmio Barueri, em casa, na noite da última quinta-feira.

“Em clássico a responsabilidade é grande, não importa se um time está em um momento pior, e o outro, em um melhor”, endossou Cicinho. “O treinador que chega [no caso, Antônio Carlos Zago] quer mostrar serviço, assim como os jogadores. Não é por que estamos em um momento melhor que vamos entrar de salto alto. Pelo contrário, devemos entrar com tudo.”

O centroavante Washington afirmou que o São Paulo perdeu para o Santos, no dia 7, porque já pensava na estreia pelo torneio continental, que ocorreu três dias depois diante do Monterrey, do México. Agora, acredita que a situação será diferente.

“É lógico que a nossa prioridade é a Libertadores, mas quando se trata de clássico até diminuiu um pouco essa prioridade”, decretou o camisa 9. “A gente tem de jogar, botar toda força em campo, porque existe a rivalidade local. Além disso, precisamos dos três pontos no Paulista, porque ainda não entramos no G-4 e o Palmeiras é um adversário direto.”

“O Washington está certíssimo, tanto é que pensamos exclusivamente no Barueri e deu certo. Não podemos queimar etapas. Tem que ser assim contra o Palmeiras também, pensar jogo a jogo, procurar vencer para subir na tabela e ficar entre os quatro primeiros. Depois vem a Libertadores”, apontou Ricardo Gomes.

O comandante são-paulino não pretende preservar os titulares, a não ser aqueles que apresentem um desgaste maior. “A ideia é essa, tanto é que poupei o Hernanes e foi bom. Não existe mais rodízio de preparação porque a pré-temporada já acabou. O que temos são opções muitos interessantes para escalar o time, e vai depender do adversário”, justificou.

“Independente de o Muricy ter saído, é um clássico, e a gente tem de entrar preocupado”, finalizou Marcelinho Paraíba.